Por João Carlos Borda e Carlos Matheus
O projeto que leva música aos pacientes e funcionários do HC acontece uma vez por semana. Às vezes, transitando pelos corredores do hospital, usando jalecos brancos, eles até podem ser confundidos com médicos e enfermeiras. Mas quando param, abrem os “cases” e deles retiram violões, violinos, flautas e outros instrumentos, tudo fica mais claro: o que eles entregam a todos é apoio em forma de música.
Aos poucos, o burburinho e o vai-e-vem em corredores lotados começam a ganhar serenidade. Na medida em que a música ecoa pelos caminhos que levam às enfermarias, às salas de exames e centros cirúrgicos, o ambiente de agonia e incertezas vai se dissipando.
“Este projeto significa trazer um apoio terapêutico para o paciente. Isso faz muito bem para nós”, explica Victor Moretti de Moraes, que faz licenciatura no departamento de música da USP.
No repertório, os clássicos internacionais e da música brasileira, como “Carinhoso”, de Braguinha e Pixinguinha. Entre os pacientes que aguardam pelo atendimento, a música é como um remédio para a alma, a força para superar o sofrimento.
O projeto começou em 2016, no HC de Ribeirão Preto, com o objetivo de levar música aos pacientes do hospital, principalmente aos que estão internados por doenças mais graves. “Nós começamos na oncologia, então, nosso objetivo é trazer um pouco de conforto para essas pessoas”, destaca a professora Fátima Corvisier.
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