O Hospital das Clínicas tornou-se uma das mais importantes instituições de saúde do País e referência internacional pela qualidade dos serviços prestados à população desde 1956, quando foi fundado.
Ao longo de seus 61 anos, o HC é palco de inovações científicas que ajudam a melhorar a qualidade de vida de seus pacientes. A Instituição também colabora com o desenvolvimento econômico e social da região.
Ler a história do Hospital das Clinicas é viajar na biografia de homens e mulheres que encararam desafios e foram empreendedores do seu tempo.
A história do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, tem início com a criação da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, conforme Lei Estadual 1467, de 26 de dezembro de 1951.
Referida Lei, estabelece em seu artigo 17, que cabe à Reitoria da Universidade de São Paulo, providenciar, de imediato, o plano e a construção do edifício do Hospital das Clínicas, dentre outros prédios destinados à infraestrutura do ensino médico, utilizando recursos consignados no orçamento da Universidade.
Oficialmente instalada em 17 de maio de 1952, as atividades clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto eram realizadas, em caráter provisório, nos pavilhões da Santa Casa de Misericórdia.
Uma solução temporária foi encontrada, graças às articulações do Presidente do Centro Médico de Ribeirão Preto, Dr. Paulo Gomes Romeo (que viria a ser o primeiro Superintendente do Hospital) e do Diretor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP, Prof. Dr. Zeferino Vaz, junto ao Presidente da Fundação Maternidade Sinhá Junqueira, Dr. Waldemar Barnsley Pessoa, que estava construindo um prédio na rua Bernardino de Campos 1000, para instalação da Maternidade Sinhá Junqueira.
Por meio de Convênio firmado em 09 de abril de 1953, pelo Prof. Dr. Ernesto Leme, Magnífico Reitor da Universidade de São Paulo e a Fundação Sinhá Junqueira, com autorização do Governo do Estado, tendo como Governador, à época, Dr. Lucas Nogueira Garcez, ficou acordado que o Estado concluiria as obras da Maternidade, que se encontravam em fase de alvenaria inacabada para utilização do imóvel, em comodato, por 20 anos.
Por meio da Lei Estadual 3274 de 23 de dezembro de 1955, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo foi oficialmente instituído como entidade autárquica, com personalidade jurídica e patrimônio próprio, ficando instalado, até ter sua sede própria, no edifício da Maternidade Sinhá Junqueira.
Com o acordo das partes, as obras foram concluídas em 15/6/1956, foi iniciado o funcionamento dos 150 leitos instalados para utilização pela Faculdade de Medicina.
O imóvel foi, portanto, o primeiro endereço do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP (HCFMRP-USP). Em 17/3/62 foi inaugurado, também, com recursos do Estado, o “prédio de ampliação”, com acesso pela rua Quintino Bocaiúva, para funcionamento de ambulatórios, enfermarias, laboratórios e bloco cirúrgico, passando o Hospital a contar com mais 150 leitos.
Com a inserção do Hospital cada vez mais presente no atendimento médico da população, em pouco tempo o “prédio de ampliação” deixou de suportar as crescentes atividades ambulatoriais, fazendo-se indispensável, também, a instalação de outros serviços de suporte, tais como lavanderia, oficinas, transporte, arquivo médico, administração, nutrição e outros, oportunidade em que foi adquirido o quadrilátero adjacente, conhecido como “Seminário”.
Por mais de 20 anos, o prédio da Maternidade Sinhá Junqueira, onde estava instalado o Hospital das Clínicas, integrou o sistema de ensino do curso de Medicina, que reunia as clínicas obstétrica, ginecológica, médica e cirúrgica.
- Ambulatório: Início do funcionamento em 19/5/56.
- Primeira paciente internada em 30/6/56, Nome: Elizabeth Maionchi.
- Primeira Cirurgia: Gastrectomia em 11/8/56, Paciente: Sebastião Augusto de Souza.
- Primeiro nascimento: 7/8/56 às 14h15, recém nascido: Edson Francisco Tavares.
Já em 1952, com a instalação da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto na Escola Prática da Agricultura, em Monte Alegre, previa-se que na mesma área deveria ser construída, no futuro, a sede própria do Hospital das Clínicas. Assim, em 28 de novembro de 1962, ainda na administração do Dr. Paulo Gomes Romeo e Prof. Dr. Zeferino Vaz, foi assinado o contrato entre o Hospital e a empresa FOMISA para a elaboração de um projeto que daria sede própria ao HC no Campus da USP, que atendesse não só à demanda de pacientes, mas que, sobretudo, propiciasse ao corpo docente e discente da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e da Escola de Enfermagem, condições confortáveis para o exercício das atividades de ensino, pesquisa e assistência.
A obra foi iniciada em 09/10/63 e paralisada em 1969. Com o término do mandato do Dr. Paulo Gomes Romeo na Superintendência do Hospital, em 09 de março de 1969, assume inicialmente, o Prof. Dr. Jorge Armbrust de Lima Figueiredo, que ficou como responsável pelo expediente da Diretoria, no período de 10 de março de 1969 a 19 de fevereiro de 1970, assumindo após, na mesma função, para o período de 20 de fevereiro de 1970 a 03/05/1971, o Prof. Dr. Jacob Renato Woiski e também, o Prof. Dr. Alberto Raul Martinez, que ficou como responsável pela Diretoria do Hospital, no período de 04 de maio de 1971 a 29 de dezembro de 1971.
Em 31 de dezembro de 1971 assume a Superintendência do Hospital, o Prof. Dr. Carlos Eduardo Martinelli, que cumpriu o seu mandato até 16 de maio de 1983. O Prof. Martinelli, como comumente conhecido, reinicia gestões junto ao Governo do Estado para o término da obra da sede própria do Hospital das Clínicas, que se encontrava na estrutura de concreto. Enfim, em 04 de outubro de 1974 são reiniciados os trabalhos de conclusão da obra.
Já em 1968, foi o primeiro Hospital da América Latina a realizar um transplante de rim com doador cadáver, pela equipe médica coordenada pelo Prof. Dr. Antonio Carlos Pereira Martins.
Neste intervalo termina o convênio com a Fundação Sinhá Junqueira para utilização da estrutura pelo Hospital das Clínicas e a Superintendência, preocupada em instalar, em futuro, uma Unidade de Emergência e de Queimados, envida esforço e consegue obter, por parte do Governo do Estado, em 1976, a desapropriação do Edifício da Fundação Maternidade Sinhá Junqueira, cedendo-o, definitivamente, ao Hospital.
Em 12 de dezembro de 1977 as atividades ambulatoriais passam a ser desenvolvidas na nova sede, sendo realizadas, em média, 700/dia e em 16 de janeiro de 1978, as atividades de internação, tendo sido disponibilizados, à época, 525 leitos.
Finalmente, em 22 de fevereiro de 1979, na Administração do Prof. Dr. Carlos Eduardo Martinelli, o Hospital das Clínicas inaugurou oficialmente sua sede no Campus Universitário Monte Alegre, com a presença do Excelentíssimo Senhor Governador do Estado de São Paulo, Dr. Paulo Egydio Martins.
Em 5/3/1979, o Governador do Estado assinou o Decreto 13.297/79, aprovando o Regulamento do Hospital das Clínicas, dando a ele nova estrutura organizacional, de acordo com o seu porte e importância na área da Saúde. Em 14/3/79, por meio do Decreto 13.421/79, foi aprovado o novo Quadro de Pessoal, quando o Hospital passou de um quadro de 2.821 funções para 5.278 funções.
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- Assinatura do Contrato com a FOMISA para elaboração do Projeto da sede própria: 28/11/1962.
- Início da Terraplenagem: 9/10/1963.
- Início das Fundações: 8/10/1964.
- Paralisação das Obras: 1969.
- Reinício da Obra: 4/10/1974.
- Início do Funcionamento do Ambulatório no HC Campus: 12/12/1977.
- 1º. Nascimento ocorrido no Ambulatório: 12/12/1977 (RN de Helena Aparecida Domingues).
- Início do Funcionamento da Administração: 16/1/1978.
- Início das Atividades do Banco de Leite: 1978.
- Início das Atividades de Internação: Neuro-Derma – 31/1/1978.
- 1ª. Cirurgia realizada: Hernioplastia Hiatal.
Equipe Médica: Prof. Dr. Ruy E. Ferreira-Santos, Dr. Eulógio Corrales Vargas, Dr. Jorge Eduardo Hurtado, Dr. Jorge Ernesto Salum, Prof. Dr. Paulo Mello Soares e Profa. Dra. Anita Leocádia de Mattos Ferraz.
UNIDADE DE EMERGÊNCIA: Uma Realidade
Após a transferência das instalações para o HC Campus, iniciou-se a reforma do antigo prédio da Maternidade Sinhá Junqueira, para abrigar a Unidade de Emergência e a Unidade de Queimados.
O programa de reformas e ampliações da Unidade de Emergência ganhou importância com o “Centro de Queimados Prof. Dr. Ruy Escorei Ferreira Santos”, inaugurado em 1982, com capacidade para oito leitos e com equipe multidisciplinar composta por profissionais especializados.
Com o término do mandato do Prof. Dr. Carlos Eduardo Martinelli, em 16/5/83, assume a Superintendência, em 17/5/83, a Profa. Dra. Marisa Mazzoncini de Azevedo Marques, cumprindo seu mandato até 25/5/87.
Instalado em 1984, também na Unidade de Emergência, o Centro de Controle de Intoxicações foi outra conquista importante para Ribeirão Preto e Região. Atende, em plantão permanente, casos como intoxicações alimentares, medicamentosas e picadas de animais peçonhentos.
Em 1985, o Hospital passou a contar com um projeto orçamentário específico, para a reforma da U.E., solicitado desde 1983. Em de março de 1987, a Unidade de Emergência devidamente reformada é inaugurada.
- Implantação do sistema de vale-refeição aos servidores pelo Estado: 27/11/84.
- Concessão de Auxílio Moradia para os Médicos Residentes, constituindo-se em um adicional de 20% sobre o valor da Bolsa: Dezembro de 1985.
- Regulamento do Hospital, baixado pelo Decreto 13.297/79 alterado por Decreto governamental de 5/6/86, estabelecendo a inclusão de um representante dos servidores e um suplente no Conselho Deliberativo.
- Constituição da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Campus e da U.E., atendendo Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho.
A década de 1980 não havia acabado, quando o HC deu muitos passos à frente. Em 1988, já na gestão do Prof. Dr. Antonio Carlos Pereira Martins, que iniciou suas atividades como Superintendente em 27/5/87, foi inaugurado o novo prédio do Centro de Convivência Infantil – CCI, onde crianças com até três anos, filhos de funcionárias do Hospital, eram atendidas, assistidas e orientadas.
O CCI que contava com duas unidades: Campus e Unidade de Emergência, teve suas atividades terceirizadas, a partir de maio de 2014, dentro do programa estabelecido pelo governo, passando o Hospital a contratar as escolas escolhidas pelas mães, para a permanência das crianças, até a idade de 06 anos e 11 meses, mediante o pagamento direto às escolas.
Em 1987 foi implantado o Hemocentro de Ribeirão Preto, para o desenvolvimento do Programa de Sangue e Hemoderivados, em integração ao Programa Nacional de Sangue e Hemoderivados e do Plano Diretor para o Sangue e Hemoderivados do Estado de São Paulo – HEMOREDE, aumentando-se com isso a segurança das transfusões de sangue, graças à inovação tecnológica na realização de exames, numa época em que o Programa DST/AIDS estava em muita evidência, pelas características da nova doença.
Em 1994, foi inaugurado um prédio moderno para as novas instalações do Hemocentro, que através do Decreto 39.509 de 11/11/94 teve sua estrutura regulamentada, dentro da Estrutura Organizacional do Hospital, com a criação do Centro Regional de Hemoterapia.
Em 1990, passou a contar com o suporte da Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto, instituição de direito privado, sem fins lucrativos, que passou a atuar, em parceria com o Centro Regional de Hemoterapia.
Integra uma rede composta por quatro núcleos de Hemoterapia (Araçatuba, Fernandópolis, Franca e Presidente Prudente); quatro unidades de Hemoterapia (Batatais, Bebedouro, Olímpia e Serrana), um Posto de Coleta em Ribeirão Preto, além de várias Agências Transfusionais.
Seus procedimentos operacionais estão certificados pela NBR ISO 9001: 2008 e acreditado pela AABB – American Association of Blood Bank.
Desenvolve ainda um constante programa de pesquisa nas áreas de Hemoterapia, Hematologia, Transplante de Medula Óssea, Transplante de Células Tronco, Produção de Proteínas Recombinantes, Biologia Molecular e Celular e Química de Proteínas.
Dispõe de laboratórios de Biologia Molecular e Celular, Criobiologia, Análise de Genética Molecular, Citometria de Fluxo, Bio-Informática, Química de Proteínas e HLA.
Possui pesquisadores no estudo das propriedades das células e suas modificações, como sequenciamento de DNA; do genoma e análise proteômica, visando a criação de instrumentos de diagnóstico e tratamento no campo da terapia celular.
Desenvolve extenso e permanente programa educacional que inclui o treinamento e desenvolvimento de profissionais médicos, enfermeiros, biologistas, fisioterapeutas e técnicos de laboratório.
Estas atividades são estendidas a especialistas e pesquisadores da área, dentre eles alunos de pós-graduação, residentes em hematologia e hemoterapia, alunos de graduação.
Destacam-se também os cursos e treinamentos oferecidos aos profissionais de ciência do ensino médio e fundamental da região de Ribeirão Preto.
Oferece de forma sistemática e permanente cursos para a formação de especialistas em biologia molecular, em nível de mestrado e doutorado.
Com a implantação do Sistema Único de Saúde – SUS pelo Governo Federal, a partir da promulgação da Constituição Federal, em 1988, o Hospital assinou Convênio de adesão ao SUS, como referência terciária regional.
Por ser um dos maiores hospitais universitários públicos do país, tornou-se capaz de responder à demanda de atendimento de alta complexidade de Ribeirão Preto e Região.
Um fato de destaque que, desde então, tem feito a diferença na gestão do Hospital das Clínicas foi a instituição, também, em 1988, da Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência do Hospital das Clínicas – FAEPA – instituição privada, sem fins lucrativos, com autonomia administrativa e financeira, que mantém Convênio com o Hospital das Clínicas, desde 1994, mediante autorização do Excelentíssimo Senhor Governador do Estado.
A FAEPA vem viabilizando o bom funcionamento do Hospital das Clínicas, pois sua linha de atuação possibilita o investimento na instituição hospitalar, em recursos humanos e no patrocínio da elaboração de novos métodos e em áreas que desenvolvem tecnologia de ponta, possibilitando o aprimoramento funcional do Hospital.
Em 1989, a então Seção de Fisiologia e Farmacologia Obstétrica, atualmente Laboratório de Reprodução Humana foi adequadamente equipado para desenvolver o Programa de Fertilização Assistida, garantindo o pioneirismo na área.
Foi o primeiro e continua sendo o único serviço de caráter público da cidade que ajuda a realizar o sonho de casais que querem ter filhos, mas têm dificuldades biológicas para serem pais.
Foi o primeiro hospital público do Brasil a realizar a fertilização in vitro, à população carente. O bebê de proveta Walison Igor nasceu em 1993, com 2,5 kg e 47 cm.
- Criação do São Paulo Interior Transplantes – SPIT: 1988.
- Implantação do Programa Mãe Participante: 1988.
- Inauguração do Banco de Olhos: 1989.
- Início do Funcionamento do Setor de Hemostasia do Laboratório de Hematologia: 1989.
- Início do Funcionamento dos Laboratórios de: Biologia Molecular, Imunogenética, Neurologia Aplicada e Experimental, Oncologia Pediátrica, ambos em 1989 e do Laboratório de Virologia em 1990.
- Início do Atendimento à Gestante de Alto Risco: 1991.
- Realização do 1º. Transplante de Medula Óssea: 1992.
- Implantação do Núcleo de Vigilância Epidemiológica: 1992.
- Implantação do Ambulatório de Geriatria: 1992.
- Implantação da Casa de Apoio à Criança com Câncer: 1992.
- Implantação da Central de Quimioterapia no Ambulatório: 1992.
- Aquisição e funcionamento do equipamento de Litotripsia: O HC foi o primeiro hospital público a contar com o aparelho e oferecer esse serviço ao paciente do SUS.
- Implantação do Programa de Qualidade Total: 1993.
- Implantação do Sistema Informatizado de Recepção, Circulação, Controle de Pessoas e Bens Materiais: 1993.
- Implantação do curso “Advanced Trauma Life Support” – ATLS: 1994.
- Conclusão do Projeto Ethernet, atualmente Rede USP, interligando o Hospital das Clínicas à Rede Informatizada da USP: 1994.
A partir de 10 de março de 1995, assume a Superintendência do Hospital das Clínicas, o Prof. Dr. Marcos Felipe Silva de Sá, cujo mandato perdurou até fevereiro de 2003.
Desde a construção do Hospital das Clínicas no Campus Universitário Monte Alegre, as áreas ocupadas não estavam devidamente regularizadas junto à USP.
No início da gestão do Prof. Marcos Felipe, contando com a colaboração da Reitoria da USP, o Termo de Cessão do terreno ocupado pelo Hospital foi regularizado, bem como providenciada a regularização das duas unidades, no Campus e na Unidade de Emergência, junto ao INSS.
CIREP – Inaugurado em 1995, após o término de uma reforma, com instalações de equipamentos sofisticados, o Centro de Cirurgia de Epilepsia – CIREP é um dos centros mais avançados nesta especialidade.
Com desenvolvimento de tecnologia pioneira no tratamento da doença, em dezembro de 2001, o CIREP foi escolhido pelo Ministério da Saúde como um dos Centros de Regulação de Cirurgias de Epilepsia para todo o território nacional.
UETDI – Outro fato de destaque foi a inauguração do prédio da Unidade Especializada em Terapia de Doenças Infecciosas – UETDI, em 1996. Com isso, o HC ganha amplitude na terapia para pacientes portadores de HIV, constituindo-se referência do Ministério da Saúde para medida de carga viral, dentro do Programa DST/AIDS.
Unidade de Transplantes de Medula Óssea: Em julho/95 foram inauguradas as instalações da Unidade, com capacidade para 10 leitos. A Unidade, que vinha funcionando em caráter precário e intermitente, conseguiu, a partir de então, restabelecer o fluxo contínuo de atividades que a consolidou como um centro de vanguarda no tratamento de doenças hematológicas ou imunológicas, potencialmente fatais.
Mutirões de Saúde da Comunidade – O Hospital passou a implementar, a partir de 1995, o Programa “Mutirões de Saúde”, em parceria com as Prefeituras de Ribeirão e da demais cidades da Região, tendo como alvo, a comunidade carente que dependia de atendimento médico-hospitalar, especialmente voltado para pequenas cirurgias, cujas filas de espera chegavam a 2 anos. Os Mutirões, sempre realizados nos finais de semana, contaram com a colaboração do Corpo Docente da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP e de médicos estabelecidos na cidade, que realizaram os exames diagnósticos e as cirurgias. Foram realizados Mutirões de Prevenção de Câncer de Pele, de Próstata, Cirurgias de Catarata, Cirurgias de Estrabismo, Pediátricas, Colecistectomia por videolaparoscopia, safenectomia e adenoidectomia, dentre outras.
Programa de Incentivo à Assiduidade: Objetivando a redução do absenteísmo elevado, motivado por licenças para tratamento de saúde e por faltas, o Hospital iniciou, em agosto de 1996, um programa de incentivo à assiduidade.
Naquela época, os números indicavam que de cada seis servidores, um não estava presente ao trabalho, por razões diversas.
Chamava a atenção o excessivo número de licenças para tratamento de saúde. O objetivo do Programa era premiar os funcionários assíduos.
Assim, foram estabelecidos critérios para abono de faltas e os funcionários que não tiveram faltas, nos meses antecedentes, participavam, quadrimestralmente, dos sorteios de quantia em dinheiro, provenientes de receita do atendimento de pacientes, gerida pela FAEPA, além de receberem número extra de vales alimentação.
O Programa foi muito bem sucedido, tendo o absenteísmo reduzido significativamente, no período em que perdurou esse programa, ou seja, até 2004.
Outro Programa de destaque, implantado no Hospital, a partir de 1997, foi o Sistema de Prescrição Médica Eletrônica e Dispensação de Medicamentos. O projeto, desenvolvido com assessoria dos Docentes da Faculdade de Economia e Administração de Ribeirão Preto – USP – FEA-RP e a equipe de Tecnologia da Informação do Hospital, representou um avanço considerável para as áreas médicas, de enfermagem, farmácia e administrativa, além de preservar a segurança dos pacientes. Este sistema, que vem sendo inovado periodicamente, constitui-se modelo para outras instituições de saúde.
Início do Projeto Classe Hospitalar: Projeto reconhecido pelo Ministério da Educação, o Serviço Social, em parceria com o Departamento de Puericultura e Pediatria da FMRP e Secretaria de Estado da Educação, proporcionou às crianças internadas atividades escolares, com supervisão de pedagogos especializados em Educação Especial, o que permite que o aluno tenha continuidade do processo de aprendizagem, contribuindo para o retorno e reintegração das crianças à escola regular, por ocasião de sua alta médica.
Centro de Educação e Aperfeiçoamento Profissional em Saúde – CEAPS: Objetivando investir na capacitação do profissional de saúde foi inaugurado, em 1988, o CEAPS, uma infraestrutura com salas de aula, anfiteatro, sala de reunião e área administrativa, totalmente informatizada, tendo como finalidade a implementação de programas de formação, treinamento, habilitação, aprimoramento e especialização do profissional de saúde, que passou a contar, em sua estrutura organizacional, com o Centro Interescolar, uma escola que oferece cursos profissionalizantes, na área da Saúde, para profissionais do Hospital e de Ribeirão Preto e Região.
Na Unidade de Emergência foi implantado o Projeto REFORSUS, com recursos do Governo Federal, obtidos através de acordo entre o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID e o Banco Mundial, com contrapartida do Governo do Estado. Com o apoio dos vinte e cinco Secretários Municipais de Saúde da antiga DIR XVIII, atual DRS XIII, o Hospital conseguiu apoio para aprovação do Projeto REFORSUS para a realização de obras e aquisição de equipamentos para a Unidade de Emergência. As obras foram iniciadas em 22/4/1999 e inauguradas em 27/6/2002, com reformas importantes da área física, que ensejaram mudanças no processo gerencial da U.E., com informatização completa da Unidade, que permitiu a implantação do sistema de prescrição médica eletrônica, a integração com o HC Campus, acesso “online” aos resultados de exames, dentre outros.