Campanha Julho Verde no HCFMRP-USP

[:pb]A Campanha do Julho Verde em Ribeirão Preto ocorreu no dia 27 de julho de 2019, das 9h às 14h, na Praça XVe teve como objetivo principal alcançar o público-alvo, os quais foram os transeuntes do local, a fim de conscientizar a população de Ribeirão Preto sobre a importância da prevenção do câncer de cabeça e pescoço.    

O evento foi planejado pelas equipes de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP, e teve como organizadores docentes, assistentes, residentes, colaboradores e alunos.

Seguem abaixo os objetivos almejados e atendidos na Campanha:

  1. Propiciar o entendimento da fala como veículo de comunicação e de relacionamento, de afeto e de trabalho;
  2. Promover ações que visassem conscientizar a sociedade quanto à importância da saúde da boca e garganta, suas várias dimensões: dentes, fala e voz, mastigação e deglutição.
  3. Promover ações para divulgar a identidade profissional do cirurgião de cabeça e pescoço, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo, com o intuito de reforçar a identidade profissional com os cuidados com a boca e garganta na prevenção e promoção da saúde.

Foi estabelecido como posto de apoio para as ações, uma tenda que permaneceu na Praça XV de Ribeirão Preto durante todo o evento. Neste local foram oferecidas orientações, atividades culturais e oficinas com pacientes de cirurgia de cabeça e pescoço, os quais são laringectomizados totais, e que também contribuíram para a realização do evento de forma grandiosa.

Para a organização da tenda, a mesma foi subdividida em estações, a fim de contemplar os itens mencionados previamente com o objetivo de favorecer com que os transeuntes pudessem transitar por todas as estações. Seguem abaixo as informações e o delineamento referente a cada estação:

  1. Fatores de risco para o câncer de cabeça e pescoço: foram esclarecidas e fornecidas orientações sobre os fatores de risco para o câncer de cabeça e pescoço por meio de imagens ilustrativas, diálogo com os transeuntes e entregas de panfletos contendo tais informações;
  2. Avaliação e autoexame da cavidade oral: os indivíduos que apresentaram interesse na avaliação foram direcionados à equipe odontológica e médica para a realização da inspeção da cavidade oral, bem como instruções e ensino do autoexame. Aqueles que apresentaram lesões suspeitas em cavidade oral durante a avaliação foram encaminhados ao setor de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do HCFMRP – USP para seguimento dos casos;
  3. Avaliação vocal: os indivíduos que apresentaram queixa em relação à qualidade da voz foram encaminhados para realizar a avaliação vocal com a equipe de fonoaudiologia, sendo encaminhados ao serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do HCFMRP – USP os casos com suspeita de lesão laríngea para acompanhamento;
  4. Compreendendo a laringectomia total: com o intuito de esclarecer e orientar a população sobre as estruturas e possíveis locais de ocorrência do câncer de cabeça e pescoço, modelos anatômicos e imagens ilustrativas de cabeça e pescoço e de laringe permaneceram expostos, além da realização de dinâmica com a população que consistiu em um jogo de perguntas e respostas as quais os pacientes laringectomizados totais estavam presentes para esclarecer as dúvidas da população;
  5. Conhecendo as possibilidades de comunicação após a laringectomia total: nesta estação foram apresentados os métodos de comunicação alaríngea, com a participação de pacientes laringectomizados totais do HCFMRP – USP que demonstraram o uso de cada um dos três métodos por meio de diálogo com os transeuntes, sendo tais métodos:

1- Laringe eletrônica: Consta em um dispositivo que emite uma vibração sonora contínua, que é transmitida para a cavidade oral por meio do contato do equipamento contra a região cervical e/ou bochechas após o acionamento de um botão. Nos órgãos articuladores (lábios, língua e dentes), a vibração é transformada em voz e fala.

2 – Prótese traqueoesofágica: Por meio de cirurgia, é feito um orifício (fístula) entre a traqueia e o esôfago, onde se insere uma pequena prótese com uma válvula unidirecional. O paciente respira pelo traqueostoma e, em seguida, oclui-o com o dedo. Pela válvula, o ar é redirecionado para o esôfago, fazendo-o vibrar e a voz é formada nos órgãos articuladores.

3 – Voz esofágica: O ar é inspirado pela boca e, através de algumas técnicas, é direcionado até a porção superior do esôfago, ao ser expulso, o ar faz vibrar as paredes do esôfago, emitindo som; e na boca, são articuladas as palavras.

  1. Exposição dos trabalhos desenvolvidos na Oficina de Terapia Ocupacional e Fonoaudiologia HCFMRP – USP:foram apresentados os produtos confeccionados pelos usuários do serviço, durante as oficinas coordenadas pela Terapia Ocupacional e Fonoaudiologia, que acontecem no ambulatório de laringectomizados totais às quintas-feiras às 16 horas. O grupo tem por objetivos estimular a independência, autonomia, comunicação espontânea, reinserção social e promoção de saúde. No dia 27 de Julho, na praça XV, os participantes do grupo compareceram para explicar sobre os trabalhos desenvolvidos nestas oficinas.
  2. É possível cantar sem a laringe: a convite da comissão organizadora, o paciente laringectomizado total, Sr. Antônio, que é músico, contribuiu com o evento, juntamente com seu colega, por meio de apresentações com canto e violão, o qual demonstrou à população que é possível cantar sem a laringe.

Comissão Coordenadora Julho Verde 2019

Prof. Dr. Hilton Marcos Alves Ricz

Prof. Dr. Luiz Carlos Conti de Freitas

Prof. Dr. Francisco Verissimo de Mello Filho

Prof. Dra. Lílian Neto Aguiar Ricz

 Comissão Organizadora

Dra. Telma Kioko Takeshita Monaretti

Ms. Natália Cintra Faria

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