Por: Marcos de Assis, Matheus Pischiottin e João Carlos Borda
Evento acontece no sábado, das 8h Às 12h, na Praça XV
Estima-se que 140 mil pacientes façam tratamento de substituição renal com hemodiálise ou diálise no Brasil à espera de um transplante. Este número, apesar de alto, não reflete o tamanho do problema já que outros tantos milhares só detectam a doença em sua fase avançada. O HC tem cerca de 400 pacientes que estão em fase pré dialítica e outros 2.000 em estágios iniciais da doença recebendo tratamento para que ela não avance rapidamente.
Por causa desses números e da gravidade do impacto da doença renal na saúde das pessoas, uma campanha nacional, organizada pela Sociedade Brasileira de Nefrologia, ocorre anualmente para conscientizar sobre a doença. Em Ribeirão Preto, a equipe da nefrologia do Hospital das Clínicas, em parceria com estudantes de medicina, realizará, no sábado, 15/03, das 8h às 12h, a campanha, visando detectar precocemente pessoas com doença renal e que desconheciam a doença, através de exame para medir a creatinina em gota de sangue coletada em ponta de dedo. O evento acontece na Praça XV.
Para evitar que a doença progrida para estágios graves, é essencial o diagnóstico precoce por meio do exame de creatinina. A dosagem da creatinina é um exame simples, importantíssimo para triagem das nefropatias e que deve ser realizado especialmente em indivíduos com fatores de risco como idosos, obesos, diabéticos e hipertensos. A elevação da creatinina é o marcador que pode detectar a doença mesmo em pacientes assintomáticos, situação essa extremamente frequenta nas doenças renais.
“Nossa campanha visa detectar, pelo exame de creatinina, pacientes com possibilidade de doença renal crônica. Na grande maioria das vezes, os pacientes são assintomáticos e desconhecem a doença renal. Essa doença é caracterizada quando o rim vai diminuindo a sua capacidade de filtrar o sangue. Em estágios mais avançados da doença, quando o funcionamento do rim está muito, muito reduzido, esses pacientes precisam de algum método artificial de suporte renal. As opções são a hemodiálise, a diálise peritoneal ou transplante de rim. Nosso grande objetivo e desafio é o diagnóstico precoce para evitar evolução para estágio com necessidade desses tratamentos”, explica o nefrologista Gustavo Prata Misiara, diretor regional da Sociedade de Nefrologia do Estado de São Paulo e um dos organizadores do evento.
Todos aqueles que participarem do evento e apresentarem alteração no exame de creatinina serão encaminhados para realização de exames laboratoriais adicionais. Se confirmado o diagnóstico de doença renal crônica, serão orientados a iniciar o tratamento adequado.
Transplantes – O Hospital das Clínicas realizou 37 transplantes de rins em 2024. Em todo país, foram realizados 3.049.
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