[:pb]Primeira visita aconteceu no final de julho e Dante levou alegria ao paciente Nelson e aos funcionários do Centro de Terapia Intensiva
Uma centelha de alegria se espalhou pelos corredores do CTI. O motivo foi uma visita, nada convencional, que acalorou a rotina da unidade. Dante, um Golden Retriever, veio ao hospital para visitar Nelson, um paciente internado para tratamento de um quadro cardiológico, e acabou fazendo a alegria de toda a equipe.
O CTI todo parou para acompanhar a visita, que é uma novidade no Hospital. Nelson era o mais animado. Conversou com o bichinho, fez carinho e também fez questão de tirar uma foto para registrar a visita. Estava tão relaxado ao final da visita, que apostou que sua pressão arterial, que estava dando trabalho, melhoraria.
Dante também arrancou sorrisos e manifestações de carinho dos funcionários do CTI. A presença dele alegrou o pessoal e deu uma trégua na rotina intensa da Unidade.
A presença de Dante foi a primeira experiência do Programa de Atividade Assistida por Animais no CTI. A idéia surgiu no ano passado, após a médica intensivista doutora Maria Auxiliadora Martins ter tido contato com um projeto semelhante na Mayo Clinic nos Estados Unidos, onde realizou o seu pós-doutorado por um ano.
A atividade assistida por animais (AAA) é uma técnica relativamente nova no Brasil, porém muito comum nos Estados Unidos e Europa. O objetivo da atividade é inserir o animal na vida de pacientes em diversos tratamentos.
A doutora Auxiliadora explica que “já existem vários trabalhos científicos que comprovam os benefícios da terapia assistida por animais. Os pacientes têm uma evolução melhor depois que tê m contato com os cachorros, eles ficam mais calmos, se sentem acolhidos e confortados”, esclarece.
A lei que autoriza a entrada de animais de estimação em hospitais públicos para visitas a pacientes internados foi sancionada em fevereiro de 2018.
No HC, a ideia da professora Auxiliadora se consolidou neste ano. Em janeiro, um paciente recebeu a visita de sua cachorrinha de estimação, através de uma força tarefa montada pela equipe do CTI, que retirou o paciente da unidade e o levou para a praça para receber seu animalzinho. O sucesso da experiência motivou a equipe a avançar com o projeto, utilizando animais treinados para essa finalidade.
A visita de Dante obedeceu a uma série de exigências da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. O animal passou por uma série de cuidados diferenciados, higiene severa com checagem nos dentes, nas patas, monitoramento veterinário e vacinas em dia.
Além disso, passou por um trabalho de ambientação antes de iniciar as visitas ao paciente. Um mês antes, Dante já começou a ser trabalhado por profissionais de adestramento e também já esteve no Hospital para fazer o reconhecimento do ambiente.
Nelson e Dante estrearam esta nova forma de humanizar o atendimento no HC. E Nelson, que apostava que a sua pressão arterial se estabilizaria após a visita do novo amigo, acertou. Cinco dias depois, teve alta do CTI e se recupera bem na enfermaria.[:]
Sem comentários ainda.