Falsários usam inteligência artificial para produzir vídeo falso sobre tratamento doenças oftalmológicas

Por Marcos de Assis

 

Está sendo veiculada pela internet uma notícia falsa sobre um produto chamado Lutramim. A informação enganosa afirma que este produto foi testado pelo serviço de oftalmologia, mais especificamente pelo serviço de retina e vítreo, da USP de Ribeirão Preto. A notícia alega que o Lutramim funcionaria para diversas doenças oftalmológicas como degeneração macular, retinopatia diabética, glaucoma, entre outras.

“É importante esclarecer que essa notícia é totalmente falsa. Trata-se de um engodo, uma ação para enganar os pacientes e fazê-los comprar esse medicamento, o qual não tem base científica alguma e nunca foi testado em nosso serviço. O produto em questão, chamado Lutramim, está sendo comercializado através de um site de vendas, e a notícia falsa inclui uma reportagem cujo áudio foi totalmente modificado usando inteligência artificial”, afirma o professor Rodrigo Jorge.

A inteligência artificial foi usada para simular a voz do professor e de uma ex-aluna.  O áudio manipulado contém informações falsas tanto sobre o Lutramim quanto sobre o uso de ozônio em tratamentos oftalmológicos. “Palavras foram colocadas na boca de uma ex-pós-graduanda, e essas declarações também são completamente falsas. É crucial alertar que todo o conteúdo relacionado a este produto e suas supostas propriedades terapêuticas é uma fabricação”, explica.

“O objetivo deste comunicado é proteger o consumidor e a sociedade contra essa enganação. Pedimos que fiquem atentos e não se deixem enganar por essas informações falsas. A saúde ocular é um assunto sério e deve ser tratada com base em evidências científicas e sob orientação de profissionais qualificados”, finaliza.

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