Ambiente Studio 60+ na CasaCor 2021 é exemplo de projeto com foco nas necessidades deste público, que está cada vez mais conectado, ativo, independente e que só cresce.
A pirâmide etária brasileira revela que a população idosa no país está crescendo. Um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostrou que quase um quinto dos brasileiros tem 60 anos ou mais, e uma análise da Organização das Nações Unidas (ONU) indica que, em 2050, esse público representará 29% dos cidadãos (o dobro da quantidade registrada em 2019).
Estudos indicam que o perfil e estilo de vida desse nicho também vêm mudando. Estão progressivamente participativos, independentes e ativos, em busca de qualidade de vida e autonomia. Cada vez mais conectados (quase 100% tem acesso à internet), procuram por serviços, infraestrutura e produtos que solucionem efetivamente suas demandas, pensados e desenvolvidos justamente para essa realidade.
Um setor que precisa se atentar e buscar formas de se capacitar para atender essas demandas é o da construção civil. É necessário um olhar especial para questões como acessibilidade, praticidade, segurança e funcionalidade no imóvel, e o Studio 60+, ambiente com conceito idealizado para a CasaCor 2021, tem justamente o objetivo de auxiliar arquitetos, engenheiros e designers de interiores a desenvolverem e despertarem essa visão nesse processo, trazendo o pioneirismo e a inovação.
É um dos primeiros ambientes do circuito CasaCor 2021 Ribeirão Preto e ilustra exatamente o que seria uma casa planejada para o envelhecimento ativo, autônomo e independente. O ambiente destaca-se por adotar conceitos de telemedicina e saúde conectada e também abre as portas do amanhã com um robô de telepresença. O espaço está bem dinâmico e conta com alguns conceitos bem interessantes que valem a pena conferir.
O geriatra Paulo Formighieri, do Hospital das Clínicas, ressalta a importância de que o setor olhe para essa população idosa e proativa: “Projetos como esse são importantes para comunicar tanto para os profissionais quanto para o público visitante que é possível pensar em moradias que mantenham a qualidade de vida, a individualidade, a independência e o protagonismo, independentemente da idade”. Dentre os desenvolvedores da iniciativa, constam também o bioengenheiro Norton Mello, a arquiteta e urbanista, professora da USP, Maria Luisa Bestetti, e a arquiteta Mariana Chao, parceiros do projeto Aging 2.0.
O ambiente Studio 60+ conta com um robô de telepresença que possibilita a conexão com as pessoas com áudio e vídeo de forma interativa e humanizada. Possui funções que auxiliam o idoso em atividades e compromissos, como lembrar de medicações e consultas médicas, facilita a comunicação entre os idosos e seus familiares, além de ajudar a preencher situações de isolamento e solidão que muitos idosos atravessam no dia a dia.
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