HC reduz cirurgias pela metade

[:pb]A falta de medicação para sedação é um dos motivos

Nos próximos 15 dias, o Hospital das Clínicas (Campus e Unidade de Emergência) vai reduzir à metade o atendimento em suas salas cirúrgicas. Das 10 que estavam abertas, apenas cinco vão continuar operando. O atendimento será para os casos gravíssimos que não podem esperar por colocar a vida do paciente em risco. Vão deixar de ser agendadas cerca de 70 cirurgias por semana.

“São vários motivos (para reduzir as cirurgias), mas o principal é a falta de insumos, principalmente, os relaxantes musculares usados nos 72 pacientes internados nos CTIs COVID”, explica o diretor do Departamento de Atenção à Saúde, Antonio Pazin Filho. A mesma medicação é usada para quem vai fazer cirurgia. Por isso, a necessidade de reduzir as cirurgias. “Temos que desviar esses medicamentos que são utilizados no centro cirúrgico para garantir o estoque e manter a vida das pessoas que estão intubadas”.

Ele aguarda para sexta-feira a chegada de novo carregamento de medicamento. “Mas não temos segurança se será entregue ou não. Como foi noticiado na imprensa, vários lugares já estão com falta e nós estamos aguardando as medidas que estão sendo tomadas junto aos fornecedores. E ao governo já informamos a nossa deficiência”, explica.

Para este momento, de redução de salas cirúrgicas, foi formada uma equipe de cirurgiões que diariamente vai se reunir com as várias especialidades do Hospital para decisão de quais pacientes serão operados. “Eles já vão conversar com as áreas para que possam postergar a internação de paciente e ir para hospital apenas para cirurgia c previsão de entrega

“Nós vamos pesar o risco dessas cirurgias para os pacientes versus o risco de transmissão da doença, que nesse momento é muito grande. E isso será levado em consideração para priorização. Sabemos que isso não atende toda a necessidade da população, mas é uma situação muito grave que a gente vai ter que tomar decisões às vezes muito difíceis neste momento, vamos tentar ao máximo reduzir o dano aos pacientes”.

Assista a gravação em: https://drive.google.com/file/d/1JaTsX1AHaTZxiRvH8f_LG7lzUQjttH4W/view?usp=sharing[:]

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